Neste blog vou arquivar minhas experiências em viagens de longa distância certificadas.

Sou um, entre milhares de motociclistas certificados pela Iron Butt Association e aqui estarão apenas as minhas impressões, dificuldades e formas de fazer os desafios propostos pela Associação.

Espero que gostem, façam seus comentários e me ajudem a difundir o ideal das viagens de Endurance.

Meus Certificados



Tipos:

  • - SS1600k: Saddlesore 1600k em menos de 24 horas;
  • - BB2500k: Bunburner 2500k em menos de 36 horas;
  • - BBG2500k: Bunburner Gold 2500k em menos de 24 horas;
  • - SS3000k: Saddlesore 3200k em menos de 48 horas.


Certificadas:

- SS1600k em 16/02/2008: Certificado - Mapa - GPS

- SS1600k em 28/11/2009: Certificado - Mapa - GPS

- SS1600k em 18/03/2010: Certificado - Mapa - GPS

- SS1600k em 21/04/2010: Certificado - Mapa - GPS

- SS1600k em 24/01/2013: Certificado - Mapa - GPS

- BB2500k em 24/01/2013: Certificado - Mapa - GPS

- SS1600k em 06/06/2013: Certificado - Mapa - GPS

- BBG2500k em 31/01/2014: Certificado - Mapa - GPS

- BBG2500k em 15/05/2015: Certificado - Mapa - GPS

- SS1600k em 30/07/2015: Certificado - Mapa - GPS

- BB2500k em 30/07/2015: Certificado - Mapa - GPS

- SS3000k em 30/07/2015: Certificado - Mapa - GPS

- SS1600k Memorial Ride em 23/10/2015: Certificado - Mapa - GPS

- SS1600k em 01/07/2016: CertificadoMapa - GPS

- Mile Eater Basic: Certificado

- Mile Eater Bronze: Certificado


* Aguardando a chegada do certificado.

7º Mile Eater

Existe uma certificação para membros da Associação que possuem múltiplos certificados, é o Mile Eater Program.

Dois ou mais certificados já são suficientes para entrar nesta lista de membros e adquirir os "mimos" referentes à ela. São pins, camisetas e adesivos, como os mostrados no link acima.

São várias categorias e eu me encaixo na mais simples, a "Basic". Depois dela tem a "Bronze",  "Silver" e "Gold". Para se ter uma ideia, para se encaixar na "Bronze" o cidadão precisa ter ao menos 5 certificações e, dentre elas, 2 de nível "Gold" ou "Insanity".... Coisa de maluco mesmo!

Enfim, fiz o meu e aqui está ele:





E vambora pro próximo!

30/07/2015,

Ah, que fofo isso que eu escrevi ai em cima.... awwhhhh!

Agora já sou Bronze, e vambora pro próximo,

Veja o certificado aqui


Tutorial


Iron Butt Association
Tutorial para Certificação

Introdução

Os mais de 50.000 membros da Iron Butt Association estão focados nas viagens de longa distancia, de forma segura e prazerosa. O lema da associação é “O mundo é nosso playground!”.

Existem diversos tipo de viagens que podem ser certificadas pela IBA. A mais notável é o Iron Butt Rally que consiste em uma viagem de Endurance de 11 dias, somando mais de 11.000 milhas, ou 17.699 km. Entre as mais conhecidas estão o SaddleSore 1600k (1600 km ou mais em  24 horas), SaddleSore 2000k (2000 km ou mais em 24 horas), BunBurner 2500k (2500 km em menos de 36 horas) e o BunBurner Gold (2500 km em 24 horas). Este último é da linha “Extreme Rides”.

Outras tantas são possíveis de se certificar tais como SaddleSore 5000 (5000 milhas em 5 dias), BunBurner Gold 3000 (3000 milhas em 48 horas), 10 – 10ths (10 SaddleSore consecutivos, 10000 em 10 dias), o 50 cc (Costa à costa em menos de 50 horas) e o 100 cc (Costa à costa e retorna a costa de origem em menos de 100 horas), entre outras tantas.

Cada uma dessas viagens de Endurance exigem uma certificação específica, os formulários e as vezes algum item a mais ou a menos que as outras. Por exemplo, para o BunBurner Gold são exigidas 2 testemunhas de saída e 2 testemunhas de chegada. Outro exemplo, para o 50 cc é exigido que a testemunha seja um oficial, seja de polícia militar, bombeiros ou qualquer pessoa pública. Cada uma tem sua peculiaridade e deve ser feito uma pesquisa inicial no site, na página específica de cada viagem para conhecê-las.

Neste tutorial porém, vou passar uma noção de como é possível, e fácil fazer uma viagem de Endurance certificada pelo Iron Butt Association, basta pesquisa e vontade.

A viagem deverá ser toda documentada como vou explicar a frente, mas tenha em sua cabeça que outro motociclista, voluntário, é quem fará a apuração do que você documentou então o mais inteligente é fazer a apresentação o mais compreensível possível para essa pessoa.

Durante esse tutorial vou passar algumas dicas, umas tiradas do próprio site www.ironbutt.com e outras tiradas das experiências que eu e outros membros já passaram.

Dica Preciosa: A primeira e mais importante é que você não divulgue sua viagem antes de executá-la! Isso por que, se você a divulgar terá a obrigação de fazê-la e se sentirá pressionado. Uma viagem para certificação é completamente diferente de uma viagem comum. Ela exigirá de você muita concentração, preparação tanto física quanto psicológica e, pressão é o último sentimento que você deverá sentir! Nenhum aviso de que você fará a certificação de uma viagem é exigido pela Associação, exatamente por esse motivo.

Dica Preciosa: A certificação não te dá status algum, pense nisso! Por várias vezes me perguntaram: “E ai, para que serve esse certificado?”. E ai, eu vou falar o que para o cidadão? Como bem mencionado no site do Mazzo, www.mazzo.net.br, “Iron Butt, Pra quem entende, nenhuma explicação é necessária e pra quem não entende, nenhuma explicação é possível”.

Para finalizar essa introdução gostaria de esclarecer que os objetivos e ideais da Associação é o de incentivar as viagens de longa distância de forma segura, sem fins lucrativos. Então penso que cobrar para fazer uma viagem dessas é uma bizarrice Brasileira. Uma pessoa poderá te ajudar a fazer o planejamento, a documentação ou os outros procedimentos, mas cobrar por isso não reflete o que a IBA prega. Além do fato de se transformar uma viagem paga em um perigo eminente, já que o foco é financeiro, quanto mais motociclistas, melhor. E a quantidade não é de forma alguma segura em uma viagem assim. Além do perigo em se andar em um grupo, geralmente desconhecido, heterogêneo e eclético, o que você com certeza não é acostumado, toda a documentação que depende de testemunhas e cupons fiscais ficará comprometida pelo tempo que se levará para adquiri-la em cada parada.

Enfim, para esse assunto eu poderia escrever um tutorial específico. Não concordo, seja pela simplicidade ou pelo orgulho que é você fazer o processo todo sozinho ou entre bons amigos.


1º O planejamento:

O planejamento de uma viagem de Endurance é de extrema importância. Deve-se levar em consideração aspectos como a preparação física, da moto, do trajeto que será realizado, além de fatores mais inerentes a cada um como autonomia da motocicleta, possibilidade de pegar trechos com mais ou menos curvas e assim vai.

Basicamente, você deve escolher uma rota segura para as condições suas e da sua motocicleta.

Essa rota poderá ser em linha reta, por exemplo, saindo de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul e seguir até Rio de Janeiro, no estado de mesmo nome. Essa é a rota mais segura para se certificar. Mas você pode também fazer uma rota circular, por exemplo, saindo de São Paulo, seguindo até Curitiba, no Paraná, depois indo até Araçatuba, em São Paulo, e retornando a São Paulo, só que uma rota circular exige que, para comprovar, você faça documentação nos “cantos” do mapa, ou seja, quando chegar a Curitiba terá que captar um cupom, em Araçatuba outro, e assim por sequencia, para justificar as curvas do mapa planejado. Da mesma forma, você pode escolher uma rota de “bate e volta”, como por exemplo, sair de São José do Rio Preto, São Paulo, seguir até o Rio de Janeiro e retornar ao ponto de partida. Nesta você terá que se documentar na cidade do Rio de Janeiro para comprovar a rota.

Veja com os olhos da pessoa que analisará sua documentação sempre que fizer o planejamento. Assim será mais simples de visualizar qual será o melhor.


2º As testemunhas:

Você terá ao menos 2 testemunhas em sua viagem, a de saída e a de chegada, podendo ser 1 ou 2 pessoas em cada ponto. Salvos os casos específicos que citei acima, as testemunhas são simples de conseguir, podendo ser um amigo (menos um que irá nesta viagem com você), sua esposa, namorada, o frentista do posto, bastando apenas que essa pessoa preencha seu formulário de saída ou chegada, atestando assim a veracidade das informações escritas nele, como odômetro (da moto), data e hora, além de completar com seus dados e telefones de contato, para caso haja a necessidade de a Associação confirmar algum dado com essa testemunha.

Nota: se você irá viajar com um (a) garupa, terá que ter um formulário específico para este, onde a testemunha também certificará as informações, ok?

Dica Preciosa: Assinar um documento estranho é sempre motivo de recusa. Sugiro que você “venda o peixe” antes de pedir a assinatura. Lógico, estou falando de um caso onde você não conheça a pessoa. Vou dar como exemplo eu mesmo, quando precisei de uma testemunha na Argentina, um frentista de posto ou alguém que estaria disposto à assinar meu formulário naquele posto, na minha saída. Pois bem, no dia anterior fui ao posto, perguntei que estaria trabalhando no local no horário que planejei sair. Por sorte a pessoa já estava lá e seu gerente, que também estaria, estava presente também. Fiquei por alguns minutos explicando claramente do que se tratava, que se fosse o caso poderia indicar o endereço do próprio posto, sem a necessidade de colocar o seu próprio, e que precisaria da assinatura e, se houvesse a necessidade, uma pessoa ligaria para ele para se certificar da minha saída e dados. Falei também que enviaria uma carta de agradecimento, caso corresse tudo bem na viagem. Simples, a pessoa aceita tranquilo. Não queira impor a necessidade da assinatura, pois pode acabar sem a testemunha tão necessária por conta dessa imposição.

Isso funciona tanto, que em minhas saídas aqui de minha cidade, procuro fazer sempre no mesmo posto, pois a gerente já me conhece, já testemunhou algumas de minhas saídas e fica sempre muito feliz quando recebe minha carta de agradecimento. Esta carta, sempre vem acompanhada de alguma pequena lembrança, que faço questão de comprar para a ocasião. Gentileza e reconhecimento nunca são demais!

Aqui está a carta que costumo enviar para as testemunhas (é cópia de um modelo existente no site, ok?):



Os formulários de saída e chegada também são extremamente simples de serem preenchidos, bastando você dispor de um pequeno tempo para colocar seus dados e preencher os dados das testemunhas que o assinarão.

O formulário está disponível na página do desafio que você irá fazer, simples de imprimir (não use este, é apenas um exemplo):

 
EYEWITNESS FORM for START of RIDE
 
Date: ______________________            Local Time:______________ AM/PM
 
License Number: ____________            Odometer Reading: _______ (Kilometers)
                                                            
License State:  ____________            Make & Model: ___________
                                                      ___________             
 
This witness form is for:    _____________________________            

                             _____________________________            

                             _____________________________            
                             (Riders Name and address)    
 
The location of this stop is: ________________________________________            
 
                              ________________________________________            

                              ________________________________________            
 
                              ________________________________________
 
                              ________________________________________
 
 
 
              First Witness (Please Print)  Second (optional) Witness
 
Witness Name: ___________________________   ___________________________
 
Address:      ___________________________   ___________________________
 
              ___________________________   ___________________________
 
              ___________________________   ___________________________
 
Phone:        ___________________________   ___________________________
(Note: Obtaining a phone number where we can contact your eyewitnesses
       will speed up the issuing of your award)
 
 
Signature:    ___________________________   ___________________________
 

3º Colete os cupons ou recibos:

Penso que aqui está a parte principal da certificação, após a comprovação pelas testemunhas. Os cupons coletados durante a viagem demonstrarão como foi sua viagem, quais foram as paradas, os horários e as quilometragens das mesmas.

Consta na documentação o “Log da viagem” que é o papel onde você anotará todos os cupons coletados, horário da coleta e quilometragem da motocicleta.

Atenção a algumas informações dos cupons, por exemplo:

* Se o computador que emitirá o cupom está com o relógio certo. Se não estiver você pode fazer a comprovação de duas formas: ou faz uma anotação no verso do cupom com o horário correto e pede ao caixa ou frentista assinar (colocando ao menos o nome e telefone dessa testemunha) ou então, como eu prefiro fazer, pode pagar com Cartão de Crédito, já que a máquina é conectada à uma central, sempre com o relógio correto. Eu pergunto ao caixa primeiro se o relógio do computador está correto, daí decido se pago em dinheiro ou cartão, simples! O horário estampado no cupom de abastecimento (ou então esse do cartão de crédito) será seu horário oficial naquele ponto de parada.

* Existem alguns sistemas de emissão de cupons em postos de combustíveis onde é possível indicar o nome do comprador, placa do veículo e odômetro do mesmo. Se for uma coleta importante, como a do ponto de saída ou chegada, ou de algum dos cantos, eu recomendo que, em existindo a possibilidade, que peça para que o caixa complete com seus dados.

* Alguns locais ainda emitem notas fiscais manuais. Nestes, peça então que a pessoa preencha os campos de nome do comprador, além de escrever o horário e o odômetro da moto. Ninguém se nega a indicar esses dados ok? Abastecimentos de outros tipos, como de frotas de caminhões, exigem isso, então eles estão acostumados.

* Cupons de abastecimento e de hotéis/restaurante, são coisas diferentes, que devem ser anotadas em campos diferentes. Eles podem inclusive te ajudar a comprovar o trajeto, por exemplo: eu abasteci em Curitiba e parei para descansar; com o cupom do abastecimento eu comprovo minha chegada à cidade e com o de pagamento do hotel eu comprovo o horário de saída.

Vou colocar aqui como exemplo duas imagens, uma de um Log preenchido e outra de como faço a demonstração dos cupons. Note que são apenas exemplo de como eu faço, ok? Cada um faz da forma que ache mais clara. Eu anoto tudo no Log, numero e depois faço com que os cupons sejam descritos, cada um e uma página específica, onde indico o horário, data, local, além das informações sobre algum problema encontrado naquele ponto. Tudo para deixar mais claro para o analista da documentação. Para exagerar faço ainda uma cópia do mapa, indicando nele cada número dos cupons, para ficar ainda mais claro o trajeto executado.

Dica Preciosa: Estrada pedagiada nem sempre é bem vista, já que o fato de parar, tirar luva, pegar dinheiro, na motocicleta é uma função um tanto problemática, mas eu gosto muito, por que faço com que os comprovantes do pedágio façam parte da documentação. Em alguns casos os cupons coletados em pedágios comprovam até uma mudança de direção. Peço ao atendente do pedágio que anote na frente do cupom a minha quilometragem, assim não preciso fazer a anotação no momento da coleta, podendo fazer quando de uma parada maior e, como já disse, configura mais uma comprovação.






Nota: Hoje eu faço tudo em inglês por ser muito simples, usando qualquer programa de tradução on line. Tudo para facilitar, mas não se preocupe com isso, pois a Associação tem analistas que fazem a verificação em português ok?

Tudo é um empecilho se caso você não quer ter trabalho. Nem pense em fazer uma viagem de Endurance se esse for o seu caso. Como já falei, não te trará status algum e se esse é um trabalho que você não quer ter, desista, vá passear de moto que terá mais resultado.

Em nenhum momento vão te dizer que não dá trabalho. Fique tranquilo quanto a isso! A viagem de Endurance certificada tem várias etapas além do planejamento e execução. Sim, a preparação da documentação é uma, se não a mais importante parte da viagem. Eu, para ser sincero, gosto muito de planejamento e documentação. Realmente faço isso com prazer!


4º Mapas, relatórios e agradecimentos:

Junto com a documentação, são solicitados mapas que indicam qual foi seu planejamento e o que realmente foi executado. Para ajudar a analise dos documentos, preparo alguns mapas: Um mapa com a rota planejada e quilometragens, Um mapa com o que foi de fato executado e ainda preparo Um onde indico as cidades mais importantes do trajeto (esse dado consta do formulário final) e mais Um onde indico a localização dos cupons coletados. Novamente, tudo para facilitar a comprovação.

A associação pede para que seja feito comentários sobre os problemas que tivemos no trajeto, porém eu preparo um pequeno relatório, indicando sim esses problemas mais também fazendo um breve histórico da viagem. Nele eu indico os horários, quilometragem total e os percalços. Fica redundante já que eu faço comentários sobre cada ponto de parada nos formulários dos cupons (acima), mas caso haja alguma dúvida, ele é um briefing do roteiro e pode ajudar na analise.

A carta de agradecimento eu já mencionei acima. Muitos não a fazem, por vergonha ou falta de tempo mesmo, mas penso ser parte integrante da documentação, onde você reconhece a pessoa que foi sua testemunha.


5º Uso do GPS:

A comprovação é toda feita com base no odômetro da sua motocicleta. O Log é preenchido com base nele, bem como os formulários de saída e chegada. Porém o GPS pode ser usado na viagem para comprovação e medição real do trajeto executado. No formulário de cada viagem que temos que completar, existe um campo onde se menciona a quilometragem obtida com o GPS.

Já houve casos onde tive que aumentar meu trajeto, já que o odômetro da moto tinha muita diferença do real, com base na quilometragem mostrada no GPS.

Eu, no relatório, ainda coloco uma imagem do GPS na chegada, para demonstrar esse valor.


6º Prepare, copie e envie:

Com tudo isso feito, os formulários específicos de cada viagem completos, mapas impressos e tudo o mais que falamos aqui, é hora de enviar para a Associação. Não envie os originais. Tire cópias de tudo para o envio.

Preencha corretamente os formulários, inclusive a parte dos custos (Fee Schedule), onde você indica o que vai querer que a Associação te envie. Se só certificado, se pins, patches e o que mais tiver nele.

Envie o certificado para o endereço indicado no site. Não vou passar ele aqui, já que pode haver mudanças. Lembre-se, não envie dinheiro! Espere um contato da Associação, provavelmente da Donna Fousek, que lhe informará, no email que você indicou no formulário, os valores a serem depositados e as formas de pagamento. O certificado costuma levar um tempo para ser enviado, então, de tempos em tempos dê uma olhada na lista de certificados no site, pode ser que você já tenha sido “analisado” e o certificado, por algum motivo está parado lá.

Você pode pensar que é simples pegar seu dinheiro e simplesmente imprimir um certificado para te enviar, mas não. A Iron Butt Association realmente faz cada verificação, cada comprovação, liga para testemunhas caso tenha dúvidas e tudo isso feito por voluntários e com um custo. A certificação é muito séria e por isso é que você se sente orgulhoso em ter um certificado da Iron Butt Association.


7º Formulários:

Para ficar ainda mais claro e simples, vou colar os formulários, dos certificados SaddleSore 1600K, 2000K, 2500K aqui e tentar esclarecer algumas coisas nele em vermelho, ok? Este é apenas um exemplo, lembre-se que existem formulários específicos para cada tipo de viagem. Não use esse formulário para sua documentação. Os originais para impressão estão no site www.ironbutt.com.

























Bom pessoal, é isso!

Na certa os amigos que já fizeram alguma viagem de Endurance poderão acrescentar dicas aqui e ajudar você a desmistificar esse tipo de viagem.

Basicamente deve se ter em mente que é uma viagem com 3 etapas claras à serem cumpridas: O Planejamento, A Execução e o Preparo da Documentação.

Ah, vou adicionar mais uma etapa: A Espera pelo Certificado!!! Vale cada segundo!!!

Um Grande abraço à todos, espero ter ajudado!!!


5º SS 1600k e 6º BB 2500k - 24/01/2013


Para comemorar meu aniversário, me preparei para fazer uma viagem certificada!


Fiz um planejamento para passar em dois pontos que gosto muito, o Rastro da Serpente e a Serra do Rio do Rastro.


O Rastro da Serpente, diz a lenda que tem mais de 800 curvas e a Serra do Rio do Rastro, mais de 200... Diz a lenda!


A ideia inicial era tentar fazer o BunBurner Gold 2500 K, mas percebi rápido que não seria possível. Assim que entrei no Rastro da Serpente, que está em péssimas condições, percebi que minha média caiu demais e, para não correr nenhum risco, mudei os planos para o BB 2500K mesmo. Depois então, quando entrei na BR 101, vi que não teria sido possível, mesmo que tivesse chegado ali com uma média adequada. O trânsito era uma coisa "medonha". Posso dizer que ia de Joinville até Tubarão, em Santa Catarina, sem exageros!


Bom, não vou me estender muito e nem explicar tudo nos mínimos detalhes. Fiz um trajeto saindo de Rio Preto até Rio Claro, depois Piracicaba, Itapetininga, Curitiba, depois Joinville até Tubarão e retornando por Lages, Curitiba, Ponta Grossa, Ourinhos, Assis e Marília, depois Lins e Penápolis para dar a quilometragem, chegando à Rio Preto após 35 horas.


Como neste tipo de viagem da Associação existe a possibilidade de acumular 2 certificados, fiz também um SS 1600K que terminei em Campo do Tenente, Paraná. 


Algumas imagens da viagem:




Essa foi a vista do pedágio em Rio Claro, SP, bem cedinho!

No portal do Rastro da Serpente, em Apiaí, SP

Serra do Rio do Rastro, cheguei no final da tarde lá

Esse é o portal da Serra do Rio do Rastro

Esse sou eu na chegada. Minha mulher foi certificar minha chegada.


Logo depois que cheguei e peguei o cupom que confirmou meu horário de chegada, fui até a agência Suzuki de Rio Preto, onde me esperava minha 2ª testemunha, o meu amigo Nilson Benatti. Ele é o proprietário da agência e levou um susto quando cheguei e pedi para ele assinar o feito, foi muito legal!

Quero agradecer aliás à ele e principalmente a minha mulher, a Chris, que sempre me incentivou e está sempre pronta a testemunhar minhas saídas e chegadas!!!

A seguir as fotos do GPS e dos Certificados:


GPS na saída da viagem com odômetro e hora

GPS em Campo do Tenente, SS 1600K

GPS na chegada, com odômetro total da viagem e hora

Certificado SS 1600K. Vai foto mesmo que o scaner queimou!

Certificado BB 2500K



E foi isso, vamos para o próximo!!!!!

4º SS 1600k - 21/04/2010

Pouco mais de um mês depois da 3ª viagem certificada, da maneira que falei no inicio do relato anterior, fui para Porto Alegre e, como a viagem ia passar dos 1000k, veio na cabeça aquele "diabinho" falando: por que não fazer outro IBA trip, hehehehe, falei, agora a viagem que passa dos 800k eu já penso nisso!!!

Segue aqui o relato da viagem que, desta vez ficou muito completo e explicado:

*****

IRON BUTT TRIP
FROM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SÃO PAULO
TO NOVO HAMBURGO, RIO GRANDE DO SUL, BRAZIL
21/04/2010 – 1,629K in 22:20 hours
Brief account of the Journey (in Portuguese)


            Com o mesmo motivo do meu último “Iron Butt Trip”, de 18 de março, participar de eventos motociclisticos, juntando a minha empresa e a do Cezar, saí no dia 21 de abril para participar, desta vês do Salão de Motos, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
            Saí de São José do Rio Preto às 4:21 horas da manhã, com destino novamente à Novo Hamburgo, cidade onde mora o Cezar para lá pernoitar e assim, no dia seguinte, participaríamos do tal evento.
            No dia anterior a minha saída, como sempre faço, fui ao Posto de Combustíveis onde partiria para me informar de quem estaria no caixa e explicar o que precisaria. Por uma incrível coincidência, obtive a informação de que a pessoa que cuidaria do caixa naquele dia fora trocada e quem seria então a responsável por aquela noite era a Gabriela, a mesma gentil Senhorita que foi minha testemunha na última viagem certificada. Fiquei mais tranqüilo e muito feliz com minha sorte!
            Combinei também com o Robson, meu grande amigo e, hoje, já posso chamá-lo de “minha testemunha Oficial”, para estar lá no Posto, às 4 horas da manhã para presenciar e testemunhar minha saída.
            Tomamos um bom café em meio à confusão que estava formada no posto, por se tratar aqui no Brasil de um feriado Nacional. Estavam vários jovens ali, conversando alto e tomando bebidas, mas mesmo assim segui com meu planejamento e consegui uma atenção da Gabriela para verificar meu odômetro, assinar meus papeis e assim liberar minha partida.
            Parti um pouco atrasado, mas como estava com uma nova moto, mais potente que a outra, não me preocupei com o horário. Confesso que fui mais relaxado! Pagaria caro mais a frente!
            No caminho fiz novamente uma parada estratégica em Campinas, como na viagem de 18 de março, para um café da manhã com minha namorada, a Chris, porém desta vez, diferentemente da outra onde fui até a empresa dela, marcamos em sua casa o café.
            Fiquei parado neste momento de café da manhã durante 1 hora na casa da Chris. Outro relaxo com o tempo! Pagaria mais caro ainda mais a frente!
            A idéia era seguir o mesmo planejamento de trajeto traçado para viagem de 18 de março, passando por São Paulo, Curitiba, Fraiburgo, Passo Fundo para chegar a Novo Hamburgo. Desta vez achei que chegaria bem mais cedo por causa da motocicleta maior e mais confortável.
O transito na rodovia BR-116, principalmente no Paraná, estava muito intenso, com lugares inclusive onde parava por completo e viam-se a todo o momento, carros, caminhões e até motocicletas paradas no acostamento com o motor aquecido.
            Mesmo assim a viagem foi relativamente tranqüila nos estado de São Paulo e Paraná, tanto que quando eu estava passando a fronteira com Santa Catarina, tirei fotos como é de praxe, e liguei para o Cezar. Brincando eu disse: já estou em Santa Catarina, faltam só 600 km, jajá estarei ai!


            Talvez o responsável pelas chuvas, São Pedro, tenha ouvido minha ligação em tom de deboche!
            A partir daquele ponto começou a chover, e muito! Chuva forte misturada com o anoitecer e muito frio, típico das regiões do Sul do Brasil (mas não naquela época).
            Levei praticamente o dobro do tempo que planejava para aquele trecho do planejamento.
            Tudo foi muito difícil, a começar do fato de eu, burramente, não ter me preparado para frio algum. Estava com uma jaqueta para verão, que mesmo com a forração para chuva, deixava o frio entrar sem hesitação.
            Além de tudo isso, entrando no Rio Grande do Sul, a estrada vira uma serra interminável, as famosas “Serras Gauchas” que, de dia são maravilhosas, mas a noite, com chuva, frio cortante, animais na pista, pista simples e estreita, não são nada atrativas.
Enfim, quero antecipadamente me desculpar pelo tamanho do relato, sei que precisam apenas de um relato breve, mas foi o certificado mais difícil de conseguir para mim, eu tinha que relatar assim! Pensei várias vezes durante o trajeto em desistir, inclusive mudei a rota, diminuindo-a para conseguir passar em cidades maiores no final, caso quisesse procurar um Hotel, mas como toda “Iron Butt Trip”, no final, Valeu a Pena demais!!!
Cheguei após 22 horas e 20 minutos, às 2:42 AM do dia 22 de abril. O Cezar, me esperava preocupado no Posto em que combinamos minha chegada.
            Meu trajeto foi partindo de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, seguindo por Campinas e Carapicuíba, ainda no estado, passando por Curitiba, já no estado do Paraná, Monte Carlo e Lages, no estado de Santa Catarina, Vacaria, Caxias do Sul e finalmente Novo Hamburgo, no estado do Rio Grande do Sul.
           
Grande abraço a todos,
André

PS1: If you need translate to English, email me asking about.

PS2: My industry named “100% Go Ahead”, have this site www.go100.com.br and my friend industry site is www.tacna.com.br.

André Carrazzone Neto (IBA member - nbr 33378)

*****

Acho que esse relato explicou exatamente o que passei na viagem.

Alguns pontos que aprendi com essa experiência:

- Demorei demais no café da manhã (romântico). Fiquei papeando e namorando um pouco (demais), burro, paguei caro depois!;
- Peguei a BR 116 que normalmente já é movimentada, num dia de feriado e nem me preocupei em pesquisar as condições que ela estava por que havia passado lá há pouco tempo. Estava em reforma em vários pontos onde, até as motos tinham que parar no transito. Realmente tinham váris motos e carros parados com o motor fervendo nos acostamentos. Terrível!;
- Aprendi a nunca subestimar as viradas no tempo. Sempre verificar a previsão do tempo e, como nesse caso o trajeto é uma reta, praticamente, no mapa, para baixo, as mudanças no clima são até obvias. Vivendo e aprendendo!

Esse foi realmente um desafio!

Na foto que estou na divisa do Paraná com Santa Catarina, os dedos em forma de "V" eram para fazer uma brincadeira por estar passando por 3 fronteiras. Ia tirar mais uma foto com três dedos na fronteira de Santa Catarina com RG do Sul, hehehehe, nem vi ela passar, e pior, devo tê-la passado há uns 40 km/h de tanta neblina, animais na pista, enfim, DESAFIO!

Na volta fiz algumas imagens da serra que passei no dia do trajeto, mas neste dia, imagens bonitas, diferente do que teria feito no dia (noite):




Também tenho a foto do GPS, que confirma a chegada, desta vez quase não consegui pegar na camera para tirá-la (a foto) de tanto frio. O frentista do posto não estava entendendo nada, mas.... tinha que tirar:


Este desafio fiz com uma DL650 e na lista de certificados, assim que a Associação me avisou, vi que estava descrita uma Falcon. Reportei o erro à IBA e acredito que por isso tenham demorado para me enviar os 2 certificados.

Mas aqui está o "dito cujo":



E vamos para os próximos, se Deus assim permitir!