Neste blog vou arquivar minhas experiências em viagens de longa distância certificadas.

Sou um, entre milhares de motociclistas certificados pela Iron Butt Association e aqui estarão apenas as minhas impressões, dificuldades e formas de fazer os desafios propostos pela Associação.

Espero que gostem, façam seus comentários e me ajudem a difundir o ideal das viagens de Endurance.

4º SS 1600k - 21/04/2010

Pouco mais de um mês depois da 3ª viagem certificada, da maneira que falei no inicio do relato anterior, fui para Porto Alegre e, como a viagem ia passar dos 1000k, veio na cabeça aquele "diabinho" falando: por que não fazer outro IBA trip, hehehehe, falei, agora a viagem que passa dos 800k eu já penso nisso!!!

Segue aqui o relato da viagem que, desta vez ficou muito completo e explicado:

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IRON BUTT TRIP
FROM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO, SÃO PAULO
TO NOVO HAMBURGO, RIO GRANDE DO SUL, BRAZIL
21/04/2010 – 1,629K in 22:20 hours
Brief account of the Journey (in Portuguese)


            Com o mesmo motivo do meu último “Iron Butt Trip”, de 18 de março, participar de eventos motociclisticos, juntando a minha empresa e a do Cezar, saí no dia 21 de abril para participar, desta vês do Salão de Motos, na cidade de Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
            Saí de São José do Rio Preto às 4:21 horas da manhã, com destino novamente à Novo Hamburgo, cidade onde mora o Cezar para lá pernoitar e assim, no dia seguinte, participaríamos do tal evento.
            No dia anterior a minha saída, como sempre faço, fui ao Posto de Combustíveis onde partiria para me informar de quem estaria no caixa e explicar o que precisaria. Por uma incrível coincidência, obtive a informação de que a pessoa que cuidaria do caixa naquele dia fora trocada e quem seria então a responsável por aquela noite era a Gabriela, a mesma gentil Senhorita que foi minha testemunha na última viagem certificada. Fiquei mais tranqüilo e muito feliz com minha sorte!
            Combinei também com o Robson, meu grande amigo e, hoje, já posso chamá-lo de “minha testemunha Oficial”, para estar lá no Posto, às 4 horas da manhã para presenciar e testemunhar minha saída.
            Tomamos um bom café em meio à confusão que estava formada no posto, por se tratar aqui no Brasil de um feriado Nacional. Estavam vários jovens ali, conversando alto e tomando bebidas, mas mesmo assim segui com meu planejamento e consegui uma atenção da Gabriela para verificar meu odômetro, assinar meus papeis e assim liberar minha partida.
            Parti um pouco atrasado, mas como estava com uma nova moto, mais potente que a outra, não me preocupei com o horário. Confesso que fui mais relaxado! Pagaria caro mais a frente!
            No caminho fiz novamente uma parada estratégica em Campinas, como na viagem de 18 de março, para um café da manhã com minha namorada, a Chris, porém desta vez, diferentemente da outra onde fui até a empresa dela, marcamos em sua casa o café.
            Fiquei parado neste momento de café da manhã durante 1 hora na casa da Chris. Outro relaxo com o tempo! Pagaria mais caro ainda mais a frente!
            A idéia era seguir o mesmo planejamento de trajeto traçado para viagem de 18 de março, passando por São Paulo, Curitiba, Fraiburgo, Passo Fundo para chegar a Novo Hamburgo. Desta vez achei que chegaria bem mais cedo por causa da motocicleta maior e mais confortável.
O transito na rodovia BR-116, principalmente no Paraná, estava muito intenso, com lugares inclusive onde parava por completo e viam-se a todo o momento, carros, caminhões e até motocicletas paradas no acostamento com o motor aquecido.
            Mesmo assim a viagem foi relativamente tranqüila nos estado de São Paulo e Paraná, tanto que quando eu estava passando a fronteira com Santa Catarina, tirei fotos como é de praxe, e liguei para o Cezar. Brincando eu disse: já estou em Santa Catarina, faltam só 600 km, jajá estarei ai!


            Talvez o responsável pelas chuvas, São Pedro, tenha ouvido minha ligação em tom de deboche!
            A partir daquele ponto começou a chover, e muito! Chuva forte misturada com o anoitecer e muito frio, típico das regiões do Sul do Brasil (mas não naquela época).
            Levei praticamente o dobro do tempo que planejava para aquele trecho do planejamento.
            Tudo foi muito difícil, a começar do fato de eu, burramente, não ter me preparado para frio algum. Estava com uma jaqueta para verão, que mesmo com a forração para chuva, deixava o frio entrar sem hesitação.
            Além de tudo isso, entrando no Rio Grande do Sul, a estrada vira uma serra interminável, as famosas “Serras Gauchas” que, de dia são maravilhosas, mas a noite, com chuva, frio cortante, animais na pista, pista simples e estreita, não são nada atrativas.
Enfim, quero antecipadamente me desculpar pelo tamanho do relato, sei que precisam apenas de um relato breve, mas foi o certificado mais difícil de conseguir para mim, eu tinha que relatar assim! Pensei várias vezes durante o trajeto em desistir, inclusive mudei a rota, diminuindo-a para conseguir passar em cidades maiores no final, caso quisesse procurar um Hotel, mas como toda “Iron Butt Trip”, no final, Valeu a Pena demais!!!
Cheguei após 22 horas e 20 minutos, às 2:42 AM do dia 22 de abril. O Cezar, me esperava preocupado no Posto em que combinamos minha chegada.
            Meu trajeto foi partindo de São José do Rio Preto, no estado de São Paulo, seguindo por Campinas e Carapicuíba, ainda no estado, passando por Curitiba, já no estado do Paraná, Monte Carlo e Lages, no estado de Santa Catarina, Vacaria, Caxias do Sul e finalmente Novo Hamburgo, no estado do Rio Grande do Sul.
           
Grande abraço a todos,
André

PS1: If you need translate to English, email me asking about.

PS2: My industry named “100% Go Ahead”, have this site www.go100.com.br and my friend industry site is www.tacna.com.br.

André Carrazzone Neto (IBA member - nbr 33378)

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Acho que esse relato explicou exatamente o que passei na viagem.

Alguns pontos que aprendi com essa experiência:

- Demorei demais no café da manhã (romântico). Fiquei papeando e namorando um pouco (demais), burro, paguei caro depois!;
- Peguei a BR 116 que normalmente já é movimentada, num dia de feriado e nem me preocupei em pesquisar as condições que ela estava por que havia passado lá há pouco tempo. Estava em reforma em vários pontos onde, até as motos tinham que parar no transito. Realmente tinham váris motos e carros parados com o motor fervendo nos acostamentos. Terrível!;
- Aprendi a nunca subestimar as viradas no tempo. Sempre verificar a previsão do tempo e, como nesse caso o trajeto é uma reta, praticamente, no mapa, para baixo, as mudanças no clima são até obvias. Vivendo e aprendendo!

Esse foi realmente um desafio!

Na foto que estou na divisa do Paraná com Santa Catarina, os dedos em forma de "V" eram para fazer uma brincadeira por estar passando por 3 fronteiras. Ia tirar mais uma foto com três dedos na fronteira de Santa Catarina com RG do Sul, hehehehe, nem vi ela passar, e pior, devo tê-la passado há uns 40 km/h de tanta neblina, animais na pista, enfim, DESAFIO!

Na volta fiz algumas imagens da serra que passei no dia do trajeto, mas neste dia, imagens bonitas, diferente do que teria feito no dia (noite):




Também tenho a foto do GPS, que confirma a chegada, desta vez quase não consegui pegar na camera para tirá-la (a foto) de tanto frio. O frentista do posto não estava entendendo nada, mas.... tinha que tirar:


Este desafio fiz com uma DL650 e na lista de certificados, assim que a Associação me avisou, vi que estava descrita uma Falcon. Reportei o erro à IBA e acredito que por isso tenham demorado para me enviar os 2 certificados.

Mas aqui está o "dito cujo":



E vamos para os próximos, se Deus assim permitir!

Um comentário:

  1. Che, parabéns!

    fiz o meu semana retrasada, tudo certo, agora é preencher a papelada.

    Como tu fez o pagamento, via paypal?

    o que eu coloco neste campo?
    LOG
    Saddlesore/Bun-Burner- _____________________________________________
    (Fill in Name and Address above)

    É o meu nome mesmo?

    []´s Eduardo

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